domingo, 27 de abril de 2014

Change

Já mudei de casa algumas vezes. Desde os tempos de faculdade até aos dias de hoje.

Acredito que 'mudar' é uma atitude tão coerente quanto 'não mudar' - há os que não mudam e vivem sem que nada perturbe a tranquila passagem do tempo. E as tais paredes vão ganhando 'personalidade' [cada canto, cada móvel, cada objecto, dia após dia, vai acumulando bocadinhos das nossas vivências]. Mudá-los (mudar) implica largar esse 'timeline existencial' e abanar aquilo que muitas vezes já se transformou em comodismo.
 
Quantas vezes podiamos ter seguido outro caminho e não o fizemos com medo de perder algo importante - e mais vale um pássaro na mão... Quantas outras vezes negámos o nosso primeiro instinto que nos diz: 'faz!', porque a voz do nosso receio nos avisa: 'vai correr mal!' - e quem te avisa...
E o que nos leva a desistir de coisas que nos fazem sentir-nos bem porque achamos 'que não há sol que sempre dure...' e, por isso, é melhor ir já para dentro...

É curiosa a forma como usamos os nossos provérbios e acreditamos que resumem e traduzem muita da chamada 'sabedoria popular' - eu penso que reflectem a zona de conforto onde muitos preferem viver. Porque, de facto, mudar dá uma trabalheira [e custa ficar longe de tudo e todos, mas é tãooo bom este gosto de conquista]... É tão mais simples ficar quieto."
 
 
 

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