quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Ceder e avançar

Há pessoas que começam uma relação numa postura do género “Oh, perder também não perco nada, deixa lá ver no que isto dá. Até gosto dele e se não der certo parto para outra”. Acredito que esta seja uma visão prática da “coisa”. Mas confesso que me faz alguma confusão a forma como as pessoas não se entregam, porque já partem com reservas. Se falhar falhou. Se der certo melhor. 

Uma colega minha está como um tolo em cima da ponte “não sei se vou, não sei se fico”. Gosta de um gajo, é correspondida, andam naquela fase inicial mas sem nada assumido e interroga-se se vale a pena avançar mais… tem medo que não dê certo, tem medo de se magoar, tem medo de perder. Diz-me que o feitio dele é “difícil” e que não estão sempre de acordo. 

Mas que importa isso...o que interessa é o amor e não ter medo de avançar.
Eu avanço sempre. E mesmo tendo o hospital das feridas emocionais longe da minha memória, mantenho por perto a caixa dos primeiros socorros… é que se por acaso cair e me arranhar, posso sempre passar água oxigenada, fazer um curativo e… continuar. Porque ela, a vida, continua. Sempre.




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