Podia mesmo ter feito mossa no meu ego de mãe. Mas como acontece agora...como é que certas pessoas não entendem, num tom de espanto, como eu consegui deixar a minha filha adoentada, cheia de viroses, etc,etc nos braços do pai, esse estranho, e fui à minha vidinha. Trabalhar e fazer pela vida dois dias seguidos. Mas que raio de mãe sou eu?
Pois, se isto tivesse sido dito à um ano atrás, a Olivia com 3 meses de vida, era capaz de tocar numa pequena hormona mais sensível e fazer-me pensar, pensar, pensar e sentir-me a pior do mundo.
Como foi dito agora, a mãe da Olivia de 15 meses, que esteve em casa 8 meses, que amadureceu, que aprendeu a relativizar e que, acima de tudo, trocou o certo pelo incerto, que começou do zero e que fez uma verdadeira travessia do deserto para estar aqui, agora, no lugar ao sol que custou tanto a conquistar e que a faz sentir que está e vai valer muito a pena todo este esforço.
Dá vontade de rir na cara de quem ainda não avançou no século.
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